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A edição 2026 da WTM Latin America está confirmada para acontecer entre 14 e 16 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo. Foto: divulgação

WTM Latin America encerra edição 2025 com crescimento

A WTM Latin America encerrou a edição 2025 com o anúncio de aumento em todos os números – da entrada de visitantes à área de exposição. Até as 14h do terceiro dia foram contabilizados 29.979 participantes, 8,04% a mais que os 27.749 de 2024. “Somente no primeiro e no segundo dia, registramos respectivamente 18% e 7% a mais de público na comparação com o ano passado”, comemorou a Event Leader Bianca Pizzolito, lembrando que o resultado do terceiro dia está em aberto. O número final de visitantes que passaram pelo Expo Center Norte até o fechamento do pavilhão será divulgado em breve.

Outra conquista importante foi o crescimento expressivo do número de reuniões agendadas. A plataforma WTM Lat Meet registrou 7.369 agendamentos somente nos dois primeiros dias do evento, número que supera em 440 o total dos três dias de 2024, quando foram confirmados 6.929 encontros de negócios. “Isso significa que as pessoas estão usando mais a tecnologia que oferecemos para apoiar os negócios e planejando melhor a visitação com foco em atualização, networking e fechamento de negócios”, afirma Bianca.

As 837 marcas expositoras representam um crescimento de 5% nesse quesito em relação à edição anterior e 23% do total de estandes estrearam no pavilhão neste ano. Já a área de exposição somou 8.027 metros quadrados nos dois pavilhões, um aumento de 10% na área comercializada em comparação com a edição de 2024. A planta deste ano teve três novas áreas que facilitou a navegação dos visitantes: Mobility, Travel Providers e Experience Zone. “A área de experiências é resposta a uma tendência global em eventos de aproximar as pessoas pelas sensações”, disse.

Realizada pelo segundo ano, a Rota da Diversidade ganhou novas categorias – Turismo de Base Comunitária e Turismo Acessível – que se somaram aos três eixos que guiaram a edição 2024 (Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+), destacando produtos e serviços inovadores que estimulam a inclusão e a diversidade. Bianca destacou ainda o recorde de inscrições no Prêmio de Turismo Responsável que, neste ano, recebeu 164 projetos de 14 países latino-americanos.

Os três teatros temáticos reuniram 78 palestras, painéis e treinamentos, número que supera as 54 capacitações realizadas em 2024. Os espaços também sediaram as concorridas sessões de Speed Networking com criadores de conteúdo e com compradores convidados, com destaque para a sessão exclusiva da WTM Latin America Hosted Buyers Program Powered by Embratur. “Essa edição foi muito feliz em tudo o que se propôs a fazer”, resume Bianca.

Capacitações

Além dos corredores movimentados, o terceiro dia de evento seguiu com a oferta de capacitação. Entre os destaques na programação, o painel sobre turismo indígena reuniu Frank Antoine, presidente da World Indigenous Tourism Alliance (Winta), Gladys Concepcion Colli Ek, fundadora da Aldea Maya Xa’anil Naj (México) e Pablo Calfuqueo Lefío, gerente geral da Lofpulli Turismo (Chile). Sob a moderação de Thalita Tomazatti, gestora executiva do Garupa, ONG que se dedica a fortalecer o turismo responsável no Brasil, os painelistas debateram estratégias para fortalecer o turismo em território indígena de forma autêntica. “Nossa cultura não está à venda, mas enxergamos o turismo como oportunidade de compartilhamento e educação”, cravou Frank Antoine.

Vindos de diferentes partes do mundo, os representantes foram unânimes em reforçar a necessidade de colocar as comunidades no centro do planejamento e da tomada de decisões para garantir o sucesso nas iniciativas, tanto por parte dos turistas quanto dos indígenas. “Não fazemos shows. O que oferecemos são vivências com o objetivo de compartilhar nossa cultura e mantê-la viva”, resumiu Gladys. “Os viajantes devem entender que nem tudo será compartilhado, já que existem temas culturais e territórios que são sagrados e preservados somente para as comunidades”, acrescentou Pablo.

Em outro painel, profissionais defenderam que promover o turismo por meio da preservação da memória e da identidade cultural é um caminho poderoso de desenvolvimento sustentável e fortalecimento comunitário. Isabella Santos, da Sampa Negra, destacou a importância de carregar as histórias e memórias coletivas nos espaços de expressão cultural, valorizando aqueles que vieram antes. Essa valorização também se traduz em ação concreta, como no caso de Cartagena. Lina Rojas Trillos, presidente executiva da Corporação de Turismo do destino colombiano relata que para combater os impactos negativos do turismo, foi preciso reconhecer os problemas e agir em conjunto com ONGs e autoridades para restaurar áreas, transformando-as em espaços culturais seguros.

Iniciativas como a do Instituto Santa Cruz, liderado por Patrícia Oliveira, mostram que o turismo comunitário pode ser a chave para tirar populações da vulnerabilidade, oferecendo novas oportunidades a partir da valorização de tradições locais, como as trilhas e cafés da manhã regionais. Já Adelaida Ramirez, da cooperativa guatemalteca Nuevo Horizonte, relembra que, mesmo diante da devastação, a reconstrução da esperança e do pertencimento foi possível graças ao trabalho coletivo, reafirmando que a identidade cultural é também um pilar de resistência e transformação social.

Dois painéis trataram de temas relacionados à acessibilidade. A conclusão foi que a promoção de um turismo verdadeiramente inclusivo passa pela união entre empatia, tecnologia e ações concretas de acessibilidade. Jéssica Paula, fundadora do Passaporte Acessível, destaca a importância da acessibilidade atitudinal, que vai além das estruturas físicas e envolve uma postura acolhedora e consciente, especialmente quando aliada a recursos tecnológicos. Iniciativas como o projeto DonaTapa, na Costa Rica, mostram como a sustentabilidade pode caminhar junto à inclusão, ao transformar resíduos plásticos em estruturas acessíveis nas praias. Para a turismóloga Mel, que é deficiente visual, viajar é uma experiência sensorial e cultural profunda — ela coleciona miniaturas de monumentos para poder tocá-los e sentir sua forma, reforçando que o turismo vai muito além do visual.

Já Daniela Frontera, palestrante baixa visão, fundadora e idealizadora do Projeto Enxergando o Futuro reforça que a adaptação é um ato de coragem diante da realidade e que, embora ainda sejam poucos, os projetos voltados às pessoas com deficiência têm gerado impactos significativos, como no caso das 650 famílias já alcançadas. Ela destaca a importância de aplicativos como Lazarillo, Be My Eyes e Seeing AI, que orientam e oferecem autonomia durante as viagens, além da escolha de agências de turismo empáticas e preparadas para receber esse público. O Brasil ainda enfrenta desafios, sendo a falta de acessibilidade um motivo pelo qual muitos turistas deixam de visitar o país — mas cidades como Socorro, em São Paulo, surgem como exemplos de que um turismo mais acessível é possível e necessário.

Reestruturar o turismo significa repensar não apenas os destinos, mas a forma como nos relacionamos com eles. No painel “Reformulando a economia do turismo na América Latina: a região pode se libertar dos antigos padrões de viagem?”, Aleix Rodriguez Brunsoms, da Skift, ressalta que o turismo está diretamente ligado à saúde econômica, e que o crescimento do setor deve ser pautado pela responsabilidade. Franz Muller, da Amadeus, reforça que o turismo é mais do que um setor econômico — é um fenômeno social e cultural que exige estratégias como a diversificação de mercados e o fortalecimento do turismo intrarregional. Esse movimento regional, especialmente entre países vizinhos da América Latina, ganha força como uma alternativa sustentável e resiliente.

Carolina Stolf, da Embratur, destaca a importância de criar uma nova narrativa para o Brasil no exterior, valorizando sua diversidade e ampliando o leque de destinos além dos estereótipos. Stephanie Sheehy completa dizendo que o turismo precisa ser humanizado — feito por e para pessoas. Em um mundo em constante mudança, o futuro do turismo depende de um equilíbrio entre crescimento e propósito: mais do que números, é preciso fazer sentido. “Temos que humanizar o turismo, pois ele nasce com e para as pessoas”, pontuou Stephanie Sheehy, CEO do Il Viaggio Travel.

Sobre a WTM Latin America

A WTM Latin America é realizada, anualmente, em São Paulo e atrai quase 30 mil profissionais de turismo durante os três dias de evento. O evento oferece conteúdo qualificado aliado a networking e oportunidades de negócios. Em sua mais recente edição, em 2024, a WTM Latin America manteve seu foco na geração efetiva de negócios, e conseguiu a marcação antecipada de quase sete mil reuniões que foram realizadas entre compradores, agentes de viagens e expositores. Em 2025, a WTM Latin America ocorre entre 14 e 16 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo.

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Aldo Cargnelutti

Facilitador em ecossistemas de inovação, Aldo Cargnelutti é editor de conteúdo na Rede Brasil Inovador. Estamos impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

+55 11 94040-5356 / rede@brasilinovador.com.br

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