Mulheres que lideram projetos sociais ligados à inclusão produtiva e economia de baixo carbono, combate à fome e promoção de saúde para pessoas em vulnerabilidade se reuniram nesta terça-feira (15) para discutir como o investimento em impacto social pode se tornar estratégico e gerar valor agregado para as empresas. Geyze Diniz, cofundadora e presidente do conselho do Pacto Contra a Fome, Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge, e Marta Luconi, CEO e fundadora da Central da Visão foram as convidadas do evento “Impacto Social e Geração de Valor”, organizado pela Fundação Bunge e Ellevate Network, comunidade global de mulheres comprometidas em fomentar e promover a igualdade de gênero no ambiente de trabalho. O encontro, mediado por Florence Shoshany, diretora financeira da Bunge e conselheira da Ellevate, reuniu mais de 100 executivas brasileiras na capital paulista.
Segundo Cláudia Buzzette Calais, um dos segredos para o sucesso do investimento em impacto social está em o “negócio ser bom para todo mundo”. Para a executiva, que lidera a Fundação Bunge, organização responsável pelo investimento social da Bunge no Brasil há 70 anos, é preciso que os projetos desenvolvidos pelas organizações de impacto social tenham mais do que propósito. “O modelo de investimento social que sempre acreditei é o que faz sentido para o negócio em que estamos atuando. Aquele em que a ação seja relevante da porta para fora das empresas, mas que também faça sentido para as pessoas que estão dentro das organizações. É exatamente assim que trabalhamos na Fundação Bunge, e estamos conseguindo gerar impacto nas áreas de inclusão produtiva e economia de baixo carbono”, afirma.
A visão é compartilhada por Geyze Diniz, cofundadora e presidente do conselho do Pacto Contra a Fome, coalizão suprapartidária e multisetorial que atua junto a governos, empresas e terceiro setor para promover o acesso à alimentação adequada e reduzir o desperdício. “A fome é um problema complexo e que afeta a todos. Afeta as empresas, o SUS, a segurança… O Governo não vai acabar com a fome sozinho, por isso, precisamos do trabalho conjunto para ter uma mudança estruturante. Nosso sonho é que até 2030 nenhuma pessoa no Brasil passe fome e que em 2040 todas as pessoas estejam bem alimentadas”, explica.
Mensuração de impacto
O evento também trouxe a discussão de como as organizações, sejam elas empresas, fundações ou coalizões, podem medir o impacto dos projetos que desenvolvem. Para Marta Luconi, responsável pela Central da Visão, empresa que oferece cirurgias oftalmológicas a preços mais acessíveis para quem não tem plano de saúde, este ainda é um desafio. “No nosso caso, para cada R$ 1 de receita gerada, a Central da Visão impactou a sociedade em R$ 19,20. Em 2023, geramos mais de R$ 100 milhões de impacto apenas com cirurgias de catarata”, conta.
A abertura do evento “Impacto Social e Geração de Valor” contou também com a participação de Cristiane Piza, cofundadora do Grupo Ellevate, e Luciane Lengo Batista, VP de RH da Bunge. Em suas falas, as executivas ressaltaram a importância da troca de informações e conhecimentos entre as mulheres, visando o empoderamento e a inspiração.
A Fundação Bunge
Em atividade desde 1955, a Fundação Bunge é a entidade responsável pelo investimento social da Bunge no Brasil, criada para gerar impactos positivos nas regiões onde a empresa atua. Suas atividades buscam contribuir para a conservação ambiental e o combate às desigualdades sociais, com atenção à diversidade e à defesa dos direitos humanos. Os projetos desenvolvidos têm foco na inclusão produtiva e no estímulo à economia de baixo carbono, além de incentivar políticas de segurança alimentar e promover a ciência e a preservação da memória.
Site: www.fundacaobunge.org.br