Com o mercado global de Inteligência Artificial (IA) na saúde projetado para ultrapassar US$ 200 bilhões até 2030, startups brasileiras começam a ganhar espaço com soluções criadas a partir da realidade local. É o caso da DoctorAssistant.ai e da iHealth, duas empresas que utilizam IA aplicada a dados clínicos reais para apoiar médicos, hospitais e operadoras de saúde. Enquanto a primeira desenvolve assistentes clínicos inteligentes para consultórios, a segunda desenvolve assistentes virtuais para codificação automatizada de DRG, análise de grandes volumes de dados hospitalares para uso em pesquisa e gestão, assim como, atua no mapeamento de pacientes para pesquisas clínicas realizadas no Brasil.
A DoctorAssistant.ai surgiu da vivência médica no consultório, especialmente nos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). “Criamos tecnologia com base nas dores reais do consultório. A IA aqui não substitui o médico, ela apoia, organiza, agiliza e devolve tempo de cuidado”, afirma a médica de família e diretora de produto da startup, Dra. Cíntia Baulé. Já a iHealth trabalha com algoritmos que processam milhões de registros clínicos e operacionais. “A base de tudo está nos dados de verdade, aqueles que vêm dos hospitais, dos leitos, da ponta. Com isso, conseguimos criar inteligência acionável para toda a cadeia da saúde”, explica Dra. Cíntia.
Segundo levantamento da Markets and Markets, o mercado de inteligência artificial na saúde deve crescer a uma taxa anual de 41,7% até o fim da década, impulsionado pela digitalização dos sistemas de saúde, escassez de profissionais e aumento da complexidade assistencial. No Brasil, a demanda por profissionais de IA deve crescer 150% em 2025, segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES). Apesar disso, ainda há resistência de parte dos profissionais, especialmente em países como o Brasil, quando as soluções tecnológicas chegam descoladas da prática local.
É nesse contexto que iniciativas como DoctorAssistant.ai e iHealth se destacam: criadas por quem vive os desafios da saúde no país, elas conseguem traduzir necessidades concretas em soluções tecnológicas viáveis e eficazes. “A inteligência artificial na saúde não precisa ser uma promessa distante, ela já pode melhorar o atendimento ao paciente e a análise de dados em larga escala hoje, desde que respeite o contexto, os fluxos e os dados reais da assistência”, conclui Karlyse Belli, Líder de Dados no grupo DoctorAssistant.ai e porta-voz das duas startups. Ambas as empresas apostam em um futuro em que a tecnologia seja uma aliada da prática médica e do sistema de saúde como um todo, e não apenas uma vitrine de inovação.
Sobre a DoctorAssistant.ai e iHealth
A DoctorAssistant.ai desenvolve assistentes clínicos inteligentes baseados em IA para médicos do SUS e da saúde suplementar, otimizando rotinas e ampliando o tempo de cuidado. A iHealth atua com mapeamento da jornada dos pacientes nos serviços de saúde, identificando setores e tratamentos utilizados (market share), estrutura dados para análises epidemiológicas, preditivas ou para identificação de pacientes elegíveis para pesquisa clínica. Ver as solicitações anteriores. Ambas têm como base dados reais da saúde brasileira e foco em inovação prática e tecnologia ética.
